Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Campanha dos Bancários 2024

Em negociação com a Caixa, empregados cobram cláusulas sobre o teletrabalho

Imagem Destaque
Imagem mostra dirigentes sindicais e representantes da Caixa, frente a frente, em mesa de negociação da segunda rodada visando a renovação do acordo coletivo de trabalho

Jornada de trabalho e teletrabalho foram os principais temas da segunda mesa de negociação com a direção da Caixa Econômica Federal, no âmbito da Campanha Nacional dos Bancários 2024, que visa a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados da empresa pública.

Foram cobradas da Caixa cláusulas específicas sobre o teletrabalho. “Hoje nós temos a cobertura da Convenção Coletiva de Trabalho, mas não temos um acordo assinado junto à Caixa que dê conta das solicitações que têm chegado dos trabalhadores desde o fim da pandemia, quando a modalidade se consolidou”, pontua Vivian Sá, diretora Fetec-CUT/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“Precisamos que a Caixa defina, por exemplo, termos impessoais para o ao teletrabalho, e rodízio se for necessário. Hoje em muitos locais tem sido usado como instrumento da gestão cobrar meta e oferecer teletrabalho ao empregado como um benefício. Mas a própria Caixa ite em mesa que não é benefício, é uma modalidade de trabalho. Quanto a concordarmos que não é um benefício, é necessário destacar que, em determinadas situações, é um direito”, acrescenta a dirigente.

Trabalhadores PCDs e pais e mães de PCDs têm prioridade garantida por lei no regime de teletrabalho. Por isto, os representantes dos empregados solicitaram que seja respeitada inclusive a prioridade para o às agências digitais, já que estes locais preveem o home-office.

Também foi solicitado que seja clausulada questão referente às prioridades de transferência dos trabalhadores PCDs e pais e mães de PCDs, para garantir o direito ao teletrabalho, e dando amplo conhecimento deste direito aos gestores.

Funcef

Outro ponto levantado foi a reivindicação para que a Caixa traga para a mesa de negociação as questões que envolvam a Funcef.

Ainda nesta sexta-feira 12 a Contraf-CUT enviará um ofício à Caixa cobrando que as questões que envolvam o fundo de pensão sejam tratadas em mesa de negociação.

“A Funcef é dos participantes, por isso qualquer proposta que a envolva deve ser debatida junto ao Comando Nacional dos Bancários - que inclusive tem representação dos aposentados - e junto à CEE/Caixa. E a partir disto podermos fazer um debate profundo e sério com a participação da representação de todos os empregados, da ativa e aposentados”, afirma Rafael de Castro, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

O dirigente ressaltou que o acordo coletivo atual prevê a instalação de um  grupo de trabalho com a participação da Caixa, da Funcef e dos empregados. E que este deve ser o espaço de discussão sobre os temas que envolvem o fundo de pensão.

“Os debates não podem se restringir aos técnicos da Funcef e à direção da Caixa.  Os participantes são os principais interessados nas questões que envolvem qualquer mudança na Funcef. Por isso queremos participar e queremos uma proposta que não resulte em retirada de direitos dos trabalhadores. E que a Caixa Econômica Federal pague o contencioso que deve. Dessa maneira nós acreditamos que é possível sanar o equacionamento”, ressalta Rafael.

Respostas para as demandas apresentadas na primeira mesa

Os representantes dos empregados também cobraram respostas sobre as reivindicações apresentadas na primeira mesa de negociação, realizada no dia 3 de julho, principalmente no que se refere ao fim das funções minuto. “A Caixa precisa avançar nas demandas já debatidas na negociação anterior”, enfatizou Rafael.

A Caixa respondeu que já na primeira mesa de negociações de agosto haverá devolutivas.

Caixa Asset

Antes de debater a pauta, os representantes dos empregados cobraram posicionamento da direção do banco sobre a perda de função dos gerentes da Caixa Asset, noticiada hoje em diversos veículos de comunicação, que teriam se negado a contratos de compra de letras de câmbio com risco acima dos padrões do banco.

“Cobramos da Caixa que seja feita uma apuração séria, porque esta questão envolve dinheiro público, envolve o nome da Caixa. E a nossa credibilidade, enquanto empregados e empresa pública, está em jogo. E precisamos dar uma resposta clara e dura sobre o que está acontecendo, por que este assunto veio à tona agora e de que forma aconteceu”, afirmou Rafael de Castro.

Veja como foi a negociação anterior com a Caixa

Rodada 1: Negociações específicas com a Caixa começaram

seja socio